segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A abdução de Cabo Valdez


25 de abril de 1977: um destacamento do regimento de Rancagua liderado pelo Corporal Armando Valdez Garrido, acampou em uma localização andina somente a poucas milhas da cidade de Putre. Um soldado sentinela notificou Valdez que uma luz vermelha estava planando sobre um pico próximo. Preocupado que pudesse estar ocorrendo uma atividade anti-governo o cabo ordenou que seus homens tivesem prontas as armas e extinguisssem a fogueira do acampamento. Os soldados foram na direção da luz púrpura-avermelhada comprendendo que isto nada tinha a ver com os revolucionários ou de fato com qualquer tipo de atividade terrestre: a luz estava gradualmente se movendo por cima do aclive, evitando qualquer contacto com a superfície.

Os soldados chilenos perceberam que o ar amargamente frio ficava mais quente quando a luz ficava mais próxima. Eles agora podiam ver que isto era um gigantesco objeto de forma oval que os banhava com seu brilho púrpura avermelhado. O objeto desconhecido, envolvido em uma neblina violeta que permanecia em nítido contraste com a escuridão adjacente, pousou a alguma distânciqa dos soldados. A presença do desconhecido se impôs aos jovens soldados, que se atiraram no solo de medo. O cabo Valdez, com a arma na mão, se aventurou adiante sozinho em meio aquela neblina, acrescentando mais tarde que ele se sentia compelido por algo dentro da luminosidade e não estava a mais de uns nove pés de seus homens quando a luz purpurácea o engolfou. Ele desapareceu completamente de vista. O pelotão aterrorizado e sem liderança foi tstemunha do súbito desaparecimento de Valdez e seu repentino aparecimento uns quinze minutos e depois quando ouviram sua voz pedindo por ajuda. Valdez agora tinha a aparência desleixada de um homem que estivera por dias perdido na selva. Sua face normalmente bem escanhoada agora tinha uma densa barba, e seu relógio de pulso calendário indicava que eram 6:30 a.m. de 30 de abril, quando de fato eram 4:25 a.m. do dia 25. Por todas as indicações, o desamparado soldado tinham enfrentado cinco dias em uma insuspeitada região de tempo-espaço. A regressão hipnótica, que seria por excelência o procedimento indicado, foi expressamente proibida pelos militares chilenos. Os especialistas médicos concordam que o pânico de Valdez no acontecimento, bem como a desconhecida radiação a que foi submetido, pode ter acelerado o crescimento de seus pelos faciais, mas nenhuma explicação veio sobre o que tinha acontecido a seu relógio. Ele afirmou para registro que sua única lembrança do evento era a de uma visão como um sonho de cair num poço ou em um abismo. Ele também tinha um sentimento que encontraria novamente a estranha presença.

Vários prestigiados cientistas chilenos, entre eles o engenheiro aeronáutico Guillermo Fonck , insistiram que o "Caso Valdez", como se tornou amplamente conhecido, não era apenas verdadeiro mas a prova positiva de interação entre o fenômeno OVNI e humanos. Rodrigo de la Vega, um astrofísico da Universidade Católica do Chile, concordou que certos mundos podem ter produzido civilizações capazes de enviar missões tripuladas a Terra. Com uma não acostumada candura, os militares chilenos divulgaram um comunicado afirmando que Valdez e seu essquadrão de sete homens tinham testemunhado 'o pouso de um fenômeno não identificado'. Um segundo comunicado manifestou que os soldados tinham recebido ordens de se refrearem de falar em público sobre a sua experiência até que as autoridades militares tivessem completado sua investigação. Quando pesquisadores ufológicos de outros países visitaram o Chile para entrevistar os vivenciadores, eles tiveram que voltar por ordens militares. Um oficial de informação pública alegadamente disse ao ufólogo argentino Antonio Las Heras: "Você não os encontrará e suas perguntas são tediosas. Ninguém sabe onde eles estão exceto o Alto Comando. Por razões de segurança eles foram espalhados por várias bases. Muitos como você estão tentando encontra-los. Pode haver dois ou três exatamente aqui ou nenhum! Talvez alguns permaneçam em Putre (onde os eventos ocorreram) ou alguns podem ter sido enviados às guarnições do sul. Você não os encontrará, e se conseguir, eles nada falarão."

No começo de maio de 1978, uma informação interessante: o cabo Valdés e seus soldados tinham sido levados no dia 25 de abril de 1978 aos próprios lugares em que se tinham dados os acontecimentos. O Exército chileno tinha interditado o perímetro durante aquela tentativa de reconstituição. Enfim, em dezembro de 1978, a direção da Agência France Presse em Paris informava que seu correspondente no Chile conseguira obter com exclusividade mundial, a primeira entrevista do Cabo Valdés desmobilizado. Pois que este militar de carreira deixara o exército, sem dúvida marcado por uma aventura que ninguém ainda pôde explicar. Eis o documento. Note-se que o cabo Valdés, muito calmamente, dá notícias precisas sobre sua fantástica aventura.

Arica, Chile, novembro de 1978

Pergunta. - Cabo Armando Valdés, depois de 18 meses, e considerando o acontecimento com mais ca/ma, poderia contar-nos de novo e resumidamente sua experiência?

Cabo Valdés. - Era um dia comum, durante o qual eu efetuara o serviço que me incumbia. de maneira rotineira. Por volta de meia-noite e trinta ou quarenta mais ou menos, um dos meus homens, que, com outro estava no posto a pouco mais de 30 ou 40 metros do lugar em que nos encontrávamos, chegou correndo para nos fazer saber que alguma coisa estava para acontecer naquele instante.

No começo, eu pensei que se tratasse de um problema com os animais que estavam sob nossa guarda, ou que alguém do campo de Putre se aproximava.

Então, quando eu saí com quase todos os meus homens para ver o que estava acontecendo, pude ver, assim como todos os outros, uma grande luz que descia a grande velocidade, diante de nós, sobre uma pequena colina de 500 a 600 metros.

Logicamente, pensei na luz de algum cometa ou de qualquer coisa assim. À primeira vista, aquilo parecia mais um fogo de artifício, mas depois de alguns segundos, a luz se manteve parada e aumentou rapidamente, para finalmente desaparecer atrás do morro. É preciso dizer que um grande ciarão saía de trás daquela elevação, como se a luz se tivesse mantido atrás daquele topo.
lmediatamente, quase instantaneamente - e disso, me lembro bem - pensei em ir ver aquela luz, acompanhado de um dos meus homens. Mal tinha dado a ordem, quando um dos meus homens não me lembro mais qual deles - deu alerta para outra direção, muito diferente do ponto para a qual estávamos todos concentrados, quase à nossa esquerda.

O que vimos em seguida nos encheu de espanto e mesmo de medo no começo. Ninguém naquele momento supusera que se tratasse de um OVNI ou de qualquer coita desse gênero.

Era uma luz de 20 metros de diâmetro mais ou menos - já não me lembro bem disto - de forma oval e mais resplandecente no centro. Via-se claramente que aquela luz era produzida por qualquer coisa. . . Mas qual? Eu não sei.

A partir daquele momento, meus homens e eu, começamos a experimentar estranhas sensações, como se interiormente qualquer coisa fosse totalmente tomando conta de nós. Não sabemos até hoje como aquela luz apareceu, mas somente, que ela estava lá como para nos impedir de passar para a primeira luz que tínhamos visto.

Desde aquele instante, meus homens começaram a perder o controle e a ficar desencorajados. Sem saber nem quando, nem como, nos achamos a nos pegar uns aos outros pelos braços. . . Se me lembro bem, fui eu quem deu essa ordem. Ficamos naquela posição durante bastante tempo. Alguns de meus homens rezavam ou choravam, se me recordo direito. Ajoelhamo-nos todos para orar.

Quanto a mim, como chefe da patrulha, convinha que tomasse uma iniciativa qualquer. Pus-me então a gritar com todas as minhas forças para aquela luz, pedindo sua identificação, etc., mas sabendo bem, no meu íntimo, que não obteria coisa alguma e que estava falando ao nada.

Um momento depois, os animais e os cavalos que lá se encontravam começaram a se comportar de maneira estranha diante daquele fenômeno. Por exemplo, o gado se reagrupou em redor de seus elementos mais velhos, como faz quando está livre. Olhavam todos para a luz provando-nos assim que viam também o fenômeno.

Tudo aquilo nos fazia supor que estávamos na presença de qualquer coisa estranha e talvez mesmo perigosa, uma vez que os próprios animais estavam com medo do fenômeno.

Ao final de algum tempo - não saberia dizer quanto - dei a ordem de apagar o fogo que nós mantínhamos aceso, supondo que poderiam ser suas chamas que estivessem atraindo a atenção daquela luz. Devo também assinalar que o fogo crepitava de maneira anormal. Foi pois com a intenção de apagar a fogueira que nos separamos, afastando-nos uns dos outros quatro ou cinco passos, não mais.

Tive, então, uma idéia. Agora, mais calmo, e tendo quase esquecido o caso, não sei explicar por que comecei a avançar para a luz. Sabia - creio - que nada obteria. Foi como qualquer coisa de estranho, como uma força que me tivesse impulsionado para ir ao encontro dela, a seis ou sete passos normais do lugar em que se encontravam meus homens.

A partir daquele momento, não me lembro mais nada. Sei unicamente o que os meus homens, quase espontaneamente, me contaram no dia seguinte.

Conforme eles, eu desapareci de suas vistas, para reaparecer mais tarde no mesmo lugar em que se supunha que eu tinha desaparecido. Sentia-me estranho, dizia coisas incoerentes em meio a umas espécies de espasmos e de crises de histeria. Posso afirmá-lo, agora que relembro tudo aquilo com mais calma.

Eu me recordo de que ao voltar a mim, de manhã, me encontrei sentado, sem saber como poderia estar naquela posição. Por instantes, pensei que tinha adormecido, mas lembrando-me de tudo o que tinha acontecido. Lembro-me ainda de ter chamado meus homens para lhes perguntar se de fato se tinha passado alguma coisa. No fundo, acreditava que aquilo tinha sido um sonho e eu não queria passar ridículo diante deles. Mas não foi assim. Meus homens confirmaram, com detalhes, tudo o que se tinha passado, e diria que para mim, até o presente, tudo aquilo parece inacreditável ou quase impossível de se acreditar.

O que se passou em seguida é longo para contar: deram-se várias coisas comigo. Sentia uma grande fadiga corporal e uma forte dor nos rins, como se tivesse feito grandes esforços. Lembro-me de que naquele dia, em menos de duas horas, fumei quase uma carteira de cigarros. Estava à beira de uma crise de nervos, o que podia observar também todo o pessoal que se encontrava comigo no campo de Putre.

Todos repararam que minha barba parecia de 10 dias e eu a tinha feito na véspera. O estranho era que meus homens não apresentavam essa característica. Tinham apenas experimentado um choque nervoso e se tinham inquietado sobretudo comigo. Era eu que me apresentava mais nervoso. . . como dizer. . , estava com os nervos mais exaltados.

Quando, agora, repasso tudo mais calmamente, minha barba, meu nervosismo, minha extrema fadiga física, tudo enfim que se passou naquele momento, minha maneira de agir, minha aparição naquele dia, como se eu tivesse partido em patrulha uns dez dias mais ou menos, o fato de que o calendário de meu relógio avançara 5 dias e o fato de que ele ficou parado durante quase todo o acontecimento, não encontro nenhuma explicação para tudo aquilo.
Pergunta. - Que pensa você agora daquela experiência, bem como os membros da patrulha que o acompanhavam?
Cabo Valdés. - Para mim, pessoalmente - desde que o resto da patrulha não está comigo - aquilo foi qualquer coisa de assombroso e inexplicável para minha compreensão. Mas posso dizer que naquela noite, se passou alguma coisa... Qual? Não poderei nunca explicá-lo a mim mesmo.

Pergunta. - Há outros detalhes sobre o ocorrido de que você se tenha lembrado depois, quer dizer, nos meses seguintes?

Cabo Valdés. - Para dizer verdade, eu tentei - pelo menos na época - lembrar-me de qualquer coisa que me pudesse explicar o que se passara. Mas não consegui. Não me recordava de nada.

Pergunta. - Nestes últimos tempos, você teve de novo experiências com os OVNI?

Cabo Valdés. - Absolutamente não.

Pergunta. -Que pensa agora a respeito dos OVNI?

Cabo Valdés. - Para mim seria tão natural vir a saber que é alguma coisa de um outro sistema, como de ter a prova de que todos esses fenômenos são produzidos por elementos naturais ou talvez pelo homem, em qualquer parte.

Pergunta. - Após essa experiência, a que exames você foi submetido?

Cabo Valdés. - Fora das perguntas formuladas pelos jornalistas, submeteram-me a um eletroencefalograma, e a ser examinado por psicólogos, parapsicólogos, médicos e por especialistas, com uma quantidade de testes psicológicos de toda a sorte, quanto sei. Fizeram-me todos esses exames, no Hospital Militar de Santiago do Chile. E por último, o que mais me surpreendeu o exame a que me fez submeter o major Eduardo Arriagada, do Estado-Maior: ao detetor de mentiras.

Pergunta. - Você foi submetido, por exemplo, a uma hipnose? E se afirmativo, quais foram os resultados dessa prova?

Cabo Valdés. - Não me fizeram exame algum dessa espécie, embora me tivessem feito a este propósito numerosas propostas vindas de diferentes meios, até mesmo de certos países que se comprometeram a levar a bom termo essa empresa sob sua tutela e com todas as garantias. Isso me foi igualmente proposto pelo Hospital Militar. Mas até o presente - e agora menos que antes não aprovei esse tipo de exame.

Pergunta. - Este caso o afetou psicologicamente?

Cabo Valdés. - Até o momento, não constatei mudança e isso não me tem preocupado.

Pergunta. - Você tem tido sonhos estranhos?

Cabo Valdés. - Muito, mas não creio que tenham a ver com o caso. Uma vez apenas, e não estava sonhando. Alguns dias após o acontecimento de Arica, sucedeu-me o seguinte. Estava deitado ao lado de meu companheiro de quarto, com a luz acesa. De repente, senti uma estranha sensação em mim. E imediatamente - pela primeira vez - a liguei ao fenômeno de dias atrás. Senti-me inteiramente imobilizado e com os olhos completamente abertos.., desperto... Senti uma forte pressão sobre o peito, e em seguida, uma pressão sobre o corpo todo. Senti ainda qualquer coisa me tocar - não sei o quê - qualquer coisa que tentou me levantar pelo dorso. Tentei-me mexer e pedir a ajuda ao meu companheiro, que se encontrava naquele compartimento, de costas ou sob as cobertas - não me lembro bem. Não me entre- guei. Mas meu esforço foi tal que lutei - psicologicamente ou fisicamente, não sei - contra aquela pressão, até que consegui escapar de tal força. Ao mesmo tempo, dei um grito terrível, chamando meu companheiro que saltou da cama para verificar o que tinha acontecido.

Estava completamente suado e extenuado, tomado por uma grande exaustão. Naquela noite, não dormi mais.

Estranho foi que meu companheiro não tinha percebido nada e eu tinha acabado de me deitar. Tinha terminado de ler uma revista.

Até o presente, fora a experiência que tinha tido, esta foi a que me causou mais medo. Não gostaria de passar de novo por isso.

Pergunta. - Há pessoas que tenham tido experiências semelhantes com OVNIs e que tenham tido contato com vocês?

Cabo Valdés. - Sim, mas não semelhantes. Muito próximos.

Não me lembro de seus nomes porque a maior parte deles me contou seus casos por acaso, quando me encontravam em algum lugar e me reconheciam ou lhes dizia meu nome.

Há somente uma história mais especial de um colega de trabalho, referente à sua esposa que recentemente tem sentido e ouvido certas coisas. Ele a tem visto levantar-se e escrever, fazer equações, cálculos, coisas de que ela é a primeira a se admirar, pois ignora a que se referem os resultados. Também faz estranhos desenhos cujo significado desconhece.

VIDEO DE ENTREVISTA A CABO VALDEZ:

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